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Quando a memória vira festa: o Día de los Muertos em quatro países hispanohablantes
01/11/2025
Hoje, vamos passear por quatro países da América Latina — México, Guatemala, Peru e Bolívia — e descobrir como o “Día de los Muertos” (ou equivalente) ilumina outro modo de ver a morte, a vida e o idioma.
México

No México, o Día de los Muertos não é apenas um evento, é uma celebração que mistura crenças pré-hispânicas e católicas, um ritual onde os mortos “voltariam” para visitar os vivos entre 1 e 2 de novembro.
Altares são montados em cada lar e cemitério, com flores de cempasúchil traçando o caminho para os que se foram, velas acesas, comida preparada — porque a crença é de que as almas voltam para conviver e comer junto.
A morte, neste contexto, não é silêncio ou fim absoluto; é continuidade.
🌞 Monte seu próprio altar com uma “ofrenda” imaginária para alguém que já partiu — quais objetos, comidas ou flores você colocaria?
Guatemala

Em solo guatemalteco, a celebração toma formas visuais e simbólicas incríveis — destaque para os gigantescos barriletes (pipões/penas) que sobem ao céu, conectando vivos e mortos.
Em cidades como Sumpango e Santiago Sacatepéquez, no dia 1º de novembro, famílias visitam o cemitério, limpam túmulos, preparam-se para voar o barrilete gigante — cada vela, cada fita, cada cor é mensagem, saudade, ponte.
🌞 Essa tradição usa vocabulário rico — barrilete, cementerio, mensaje, ancestros — você entende o significado de cada um?
Peru

No Peru, a celebração se manifesta de modo profundamente comunitário e ancestral. Em diversas regiões andinas, o 1º de novembro (Día de Todos los Santos) e o 2 (Día de los Difuntos) ganham características próprias.
Por exemplo, em Lambayeque, menciona-se o ritual “Sepelio Muchic”, onde mulheres vestidas de preto expressam dor, enquanto os homens conduzem o enterro — uma dança ancestral de lembrança e identidade.
Também se preparam alimentos que o falecido gostava, pães em forma de figura (t’antawawas) e altares montados para receber a visita simbólica dos que partiram.
🌞 Que tal escrever em espanhol “o prato que eu prepararia para quem já se foi” ou “as memórias que levo comigo”?
Bolívia

Na Bolívia, encontramos uma expressão singular: a festa das Fiesta de las Ñatitas — culto aos crânios decorados, cheios de flores e cor, que simboliza uma presença contínua dos falecidos na vida dos vivos.
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O Día de los Muertos — ou suas versões culturais — nos ensinam que a língua, mais do que regra, é pressentimento, ritual, reencontro. Ao ensinar ou aprender espanhol, nosso foco vai além da gramática: somos exploradores de culturas, mensageiros de memória.
🌞 Imagine, em espanhol, qual seria o seu altar, ou qual pipão gigante você mandaria ao céu — o que você escreveria?
Você está lançando luz sobre a língua — porque, Tú eres el sol. 🌞
Postado por: Profe Romina

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